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terça-feira, 23 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 5


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)



            Cristo foi feito para nós, da parte de Deus, não apenas salvação, sabedoria e santificação, mas também justiça (I Coríntios 1:30). Como disse Deus através do profeta, o Seu nome é "O Senhor, Nossa Justiça" (Jeremias 23:6).
            A atitude de qualquer ser humano que se descobre (pela revelação da Palavra e do Espírito Santo) nu diante de Deus, sem as vestes da justiça de Cristo, deve ser a mesma adotada pelo filho chamado pródigo, o qual, reconhecendo-se pecador e indigno (despido de justiça própria), compareceu perante o pai (figura do próprio Deus) na total dependência da justiça deste, de sorte que foi vestido da melhor túnica, anel na mão e sandália nos pés, e passou a gozar de comunhão íntima com o pai, bem como de todos os seus bens, pois foi recebido como filho (Lucas 15: 21 e 22).
            Para que a vergonha da nudez do pecado seja desfeita, e não seja notória, precisamos ser revestidos de Cristo: "Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus, pois todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (Gálatas 3: 26 e 27); "Antes, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências" (Romanos 13:14); "Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o ouvistes, e nele fostes ensinados, conforme é a verdade em Jesus, que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso entendimento; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" (Efésios 4: 20 a 24). Para que isso ocorra, Deus nos outorga, por graça, fé em nossa morte com Cristo para o pecado, para o "eu", para a lei, para a carne, para o mundo, a fim de vivermos em novidade de vida (a qual nos foi dada pela Sua ressurreição dentre os mortos - I Pedro 1:3), não tendo mais as vestes sujas de nossa justiça própria para apresentar, mas as vestes brancas da justiça de Cristo em nós imputada por Seu Espírito, que além de nos cobrir, de nos revestir, de nos justificar, também serve para nos adornar, para nos apresentar adequadamente nas bodas do Cordeiro: "Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou. Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro. O linho fino são os atos de justiça dos santos" (Apocalipse 19:8).
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segunda-feira, 22 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 4


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)



            Muitos têm buscado a justiça Divina alicerçados no fundamento da justiça própria e têm fracasso no intento, a exemplo dos judeus contemporâneos do Apóstolo Paulo, que tinham zelo de Deus, mas não com entendimento: "Visto que não conheceram a justiça de Deus, e procuraram estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à que vem de Deus". Ademais, "o fim da lei é Cristo para justiça de todo o que crê" (Romanos 10: 3 e 4). O justo viverá da fé. Justo, na ótica de Deus, só quem crê. Sem a fé no verdadeiro Evangelho, que trata da abrangência e da suficiência do sacrifício de Cristo, não pode haver justificação do injusto e malsinado pecador. E essa fé (que vem pelo ouvir o Evangelho das boas novas de Cristo, a Palavra da salvação) tem sido pouco detectada nos arraiais ditos cristãos de nossos dias, dentre outras razões pelo desconhecimento da justiça de Deus em Cristo, pela ignorância desse Evangelho.
            Na igreja dos últimos tempos a situação não é muito diferente daquela observada por Paulo em relação aos judeus de sua época. Note-se que, embora não se possam cobrir com as suas obras (que trazem implícita a idéia de mérito e de justiça própria, ou de autojustificação), porque são obras de iniqüidade, muitos desses operadores de milagres, sinais e prodígios ainda insistirão na suficiência de seus feitos, de maneira que ouvirão no dia do Juízo: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade!" (Mateus 7:23). Suas atitudes até podem ser boas (sob o ponto de vista humano), mas são provenientes de pessoas más, que nessa condição só podem praticar o que é mal (iniqüidade) aos olhos de Deus, exatamente pela falta da justiça de Deus (eqüidade) neles. Vale dizer: buscam na prática uma justiça com base em si mesmos e em suas obras, não aquela justiça que decorre da suficiência de Cristo em nós; do Seu sacrifício compartilhado com o iníquo pecador; da sua vida, fé e amor gratuitamente outorgados ao condenado transgressor. A justificação do culpado, em termos espirituais, foi cabalmente conquistada por um só ato de justiça, a saber, a morte do Cordeiro de Deus, que nos atraiu a Si mesmo, a fim de que incluídos em Seu corpo fôssemos feitos justiça de Deus, perdendo a nossa justiça e a nossa própria vida em Sua morte, para ganharmos a justiça de Deus e a vida de Cristo na Sua ressurreição: "Pois se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Romanos 5:10); "Pois se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e o dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio juízo sobre todos os homens, para condenação, assim também, por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens, para justificação e vida" (Romanos 5: 17 e 18).
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domingo, 21 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 3

"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)



Vestes Brancas

             As vestes brancas representadas pelo Cordeiro de Deus, o Cristo, são as únicas capazes de cobrir a vergonha da nudez espiritual do homem caído, depravado, escravizado e condenado pelo pecado. Quando se fala em vestes, no sentido espiritual, devemos sempre pensar em justiça: "As suas teias não prestam para vestes; não se podem cobrir com as suas obras. As suas obras são obras de iniqüidade, obra de violência há nas suas mãos" (Isaías 59:6); "Todos nós somos como o imundo, e todos os nossos atos de justiça como trapo de imundícia; todos nós caímos como a folha, e os nossos pecados como um vento nos arrebatam" (Isaías 64:6); "Eu me regozijo muito no Senhor; a minha alma se alegra no meu Deus. Pois ele me cobriu com vestes de salvação, e me envolveu com o manto de retidão" (Isaías 61:10-a); "Ora, Josué, vestido de trajes sujos, estava diante do anjo. Então falando este, ordenou aos que estavam diante dele: Tirai-lhe estes trajes sujos. E a Josué disse: Vê, tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de trajes finos" (Zacarias 3: 3 e 4); "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21).
            O primeiro exemplar da raça humana, Adão, cometeu um ato de injustiça, de desobediência, e introduziu o pecado (natureza pecaminosa) no mundo. Para justificar-se, e tentar esconder a vergonha da sua nudez, o seu próprio pecado, ele mesmo preparou um avental com folhas de figueira (Gênesis 3:7). Obviamente, a vestimenta não agradou a Deus, nem foi adequada para o fim colimado. A justiça de Deus só pode ser cumprida em Cristo, e este crucificado. Por essa razão, Deus providenciou vestimenta de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu (Gênesis 3:21). A figura aponta para o sacrifício do próprio Filho de Deus, para as vestes de justiça de Cristo em nós. O único meio de o homem ser justificado do pecado é por meio da morte compartilhada com Cristo, mediante o batismo (inclusão) na morte: "Pois sabemos isto, que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado; porque aquele que está morto está justificado do pecado" (Romanos 6: 6 e 7). Isso porque nossos trajes são completamente impróprios; nossos atos de justiça são equiparados a panos sujos de menstruação (em termos modernos, absorvente íntimo usado), de maneira que é realmente vergonhosa a situação de quem busca se aproximar do único Deus, o Todo-Poderoso, que é santo, incorruptível e justo, com base em seus próprios méritos, em seu próprio conceito de justiça, ou em sua justiça própria.
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sábado, 20 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 2


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)



            A verdadeira riqueza decorre da presença do Divino em nós, bem como da obra que Deus realiza em quem adota como filho por meio da fé: "A obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou" (João 6:29). O ouro representa Deus, Sua natureza, e Sua obra. O ouro refinado pelo fogo simboliza a fé. Sem fé é impossível agradar a Deus, e nesse caso, como em todos os demais, nós recebemos dEle para que possamos agradá-lO: "Toda essa riqueza que ofertamos para construir um templo em honra ao teu santo nome vem das tuas mãos, e toda ela pertence a ti" (I Crônicas 29:16). Imagino a cena de um filho pedindo um valor significativo de dinheiro ao seu pai, e com aquele montante adquire um maravilhoso presente para agradá-lo. Assim é no tema da fé. Somos agraciados por Deus para crer, e mediante essa fé somos salvos, santificados, e podemos agradar Àquele que no-la deu. Só cremos porque Deus graciosamente nos leva a crer, e através dessa fé podemos viver a vida que Lhe agrada: "Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6). Sendo a fé a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem, em matéria espiritual nada pode ser realizado em nós sem ela. Se Deus é Espírito (e sabemos que de fato o é), e se os mundos foram criados e permanecem até hoje sustentados pelo poder de Sua Palavra, nossa tarefa (da qual não nos desincumbimos por conta própria) é crer nAquele que não pode ser visto, bem como no poder, na veracidade, e na confiabilidade de Sua Palavra e de Sua pessoa.
            Pelo poder de Deus, nós (os que cremos) também somos sustentados mediante a fé, nos diz o apóstolo Pedro. Assim, Deus nos dá fé para começarmos a crer, e nos sustenta pelo Seu poder que se revela nessa mesma fé. Por isso, a riqueza desse dom deve ser manifestada através das provações, para que entendamos a importância e o valor que ele (o dom) tem perante Deus: "Essas provações são para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (I Pedro 1:7).
            O ouro é, destarte, a presença do Divino, do Deus eterno, criador e sustentador de todas as coisas. O que Ele realiza em nós, por meio da fé sempre provada é mais precioso do que o ouro que perece, porque esse ouro produzido em nós não perece, mas dura para sempre. A fé é a riqueza que a igreja dos últimos tempos (e em última análise toda a gente) precisa para que se considere verdadeiramente rica. Todas as outras espécies de riqueza (bens, dinheiro, saúde, talentos pessoais, inteligência, prestígio...), quando desassociadas da fé, são falsas, insignificantes, passageiras.
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sexta-feira, 19 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 1


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)

  
          Nada parece ser mais triste do que uma miséria tal que envolva pobreza, nudez e cegueira. Alguém que assim se encontre é certamente digno de piedade. No texto em comento, esse alguém é nada menos do que o pastor da igreja em Laodicéia. E não apenas ele, mas também as suas ovelhas,  afinal "quais púlpitos, tais os bancos".
          A igreja em Laodicéia, conforme descrita no Apocalipse, é um "tipo" (*) da igreja dos tempos do fim (não estamos nos referindo à igreja que se auto denomina de "igreja dos santos dos últimos dias"). Sabemos, sem muito esforço exegético, que essa é a igreja da atualidade (note-se: igreja com "i" minúsculo, haja vista tratar-se de uma igreja meramente nominativa. Não se trata da verdadeira Igreja de Cristo). Considerando-se rica, abastecida e auto-suficiente, na realidade está ela desprovida da presença do Altíssimo e, por isso mesmo, encontra-se pobre, cega e nua. Sua condição de completa miséria decorre da presunção de ter tudo, quando na realidade nada possui. Diz pertencer a Deus, mas pertence ao diabo. Diz ser espiritual, mas é carnal. Diz ser viva, mas de fato está morta em seus delitos e pecados, porquanto desprovida da glória de Deus na pessoa de Cristo. Trata-se de uma igreja que não conhece o Deus a quem diz servir e pertencer. O quadro é triste, a visão é desoladora, a realidade espiritual que o tipo encerra é assustadora, principalmente quando vemos o seu antítipo por toda parte.
            O que uma igreja nessa condição precisa é da presença do Deus trino, o que fica patente no conselho dado por Jesus por intermédio do apóstolo João. Os três itens de que a igreja em Laodicéia tinha falta apontavam para a Trindade: OURO refinado pelo fogo, representando Deus-Pai; VESTES BRANCAS, representando Deus-Filho e; COLÍRIO, representando o Deus-Espírito. 

Ouro Refinado pelo Fogo
            
          Em Jó 22:25 lemos: "Então o Todo-Poderoso te será por ouro" ou, em outra versão, "o Todo-Poderoso será o seu ouro". No Tabernáculo que Deus ordenara a Moisés construir, várias peças de madeira eram revestidas de ouro, a exemplo das tábuas, do altar, da mesa dos pães da Presença e da Arca. O Tabernáculo era uma representação do próprio Cristo. A madeira representava Sua humanidade, e o ouro a Sua natureza divina. ADA HABERSHON observou com propriedade: "Era o Deus-homem; e o ouro, o divino, embora estivesse freqüentemente encoberto da vista, via-se no decurso da totalidade da vida de Jesus, nos milagres que operava e nas palavras que falava. No monte da transfiguração essa glória foi plenamente vista; e mesmo quando Jesus se humilhou e se tornou obediente à morte, à morte de cruz, o centurião e aqueles que estavam com ele disseram: 'Verdadeiramente este era Filho de Deus'". A natureza divina estava em Cristo, assim como está em todos aqueles que estão em Cristo, que são nascidos do Alto, que foram feitos filhos de Deus e participantes de Sua natureza.
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 (*) (em teologia "tipo" significa "representação")
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

TEMPOS DE APOLOGIA AO PRAZER - Parte 4


            O objetivo, o prazer, a comida de Cristo era fazer a vontade do Pai. Essa também é a comida de todo aquele que nasce do Alto, daquele que está em Cristo (I PEDRO 4: 1 e 2).
            O grande problema daqueles que foram tragados pelo Dilúvio e pela mistura de fogo e enxofre enviada do Céu foi não ter dado ouvidos à Palavra de Deus. Eles estavam se deleitando no mundo e com as coisas de um mundo que estava prestes a ser destruído. Assim, para eles não era nem um pouco interessante acreditar naquelas profecias, pois anunciavam o fim de todo aquele divertimento, de todo aquele prazer que estava sendo gozado. Não tem sido exatamente essa a reação de quem se depara com o apelo do Evangelho em nossos dias? Não é perceptível a indiferença generalizada (inclusive dentro das igrejas) em relação à verdadeira fé e ao autêntico arrependimento? Não foi sem razão a advertência de Paulo de que nos últimos tempos as pessoas seriam mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus (II TIMÓTEO 3:4).
            Impende refletir à luz do que foi exposto: ONDE ESTÁ O NOSSO PRAZER? DE QUEM TEMOS NOS ALIMENTADO, DE NÓS MESMOS OU DE CRISTO? ESTAMOS VIVENDO PARA SATISFAZER NOSSA VONTADE ÍMPIA OU PARA FAZER A VONTADE DE DEUS? A diferença entre o Reino de Deus e o reino do mundo está aí, "pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (ROMANOS 14:17). Além disso, trata-se de um Reino de riquezas e prazeres sem fim, provenientes da Palavra de Deus: "Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite" (SALMOS 1:1 e 2); "Aleluia! Como é feliz o homem que teme o Senhor e tem grande prazer em seus mandamentos" (SALMOS 112:1).

Soli Deo Gloria!!!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

TEMPOS DE APOLOGIA AO PRAZER - Parte 3


            Ao comentar a clássica obra de Dostoiévsky, "Os Irmãos Karamazov", JAMES HOUSTON pondera: "O personagem que mais nos ajuda a compreender a natureza do vício é Zossima, o viciado convertido. Ele reconhece que é 'a interpretação da liberdade como a multiplicação e a rápida satisfação dos desejos' que leva 'os homens a distorcerem sua própria natureza, pois assimilam muitos desejos e hábitos insensatos e descabidos, muitas fantasias ridículas. Vivem para invejar uns aos outros, buscar o luxo e a ostentação'". O personagem indicado então pergunta: 'Como pode um homem livrar-se de seus hábitos? Qual será o fim de alguém que já está tão escravizado pelo hábito de satisfazer os inúmeros desejos que criou para si mesmo? Ele está isolado, e que importa a ele o que possa acontecer com o resto do mundo? Pessoas como ele conseguiram acumular um maior volume de bens, mas a alegria no mundo tem diminuído'. A resposta HOUSTON apresenta ao analisar o tema da obra de Dostoiévisky: "O tema que perpassa todo o romance são as palavras inscritas no intróito, as palavras de Cristo: 'o grão de trigo tem de morrer para que possa dar fruto'. Temos de morrer para nossa vida viciada, a fim de que possamos apossar-nos da vida que nos é dada pela ressurreição de Cristo" (ob. cit., p. 87/88).
            Vislumbra-se neste ponto a solução para os vícios do mundo, para o vício do prazer, e para o germe do pecado que nos torna escravos de nós mesmos e deste sistema mundial falido. Ao invés de buscarmos satisfação na comida, na bebida, nas concupiscências do mundo, devemos buscar a satisfação, a suficiência e a excelência em Cristo. Cristo não é apenas o sentido da vida; Ele é a própria vida. Assim, a verdadeira comida e a verdadeira bebida são a Sua carne e o Seu sangue: JOÃO 6: 48 a 58. Jesus é o "pão que desceu do céu". Quem dele come vive eternamente. Esse Pão é a Sua carne, representando assim o Seu morrer e a nossa união eterna com Ele na morte e ressurreição. Só depois que cremos que fomos mortos com Ele e que estamos vivos nEle para Deus podemos nos alimentar dEle. Antes disso, comemos, bebemos, buscamos prazer e divertimento para o momento; estamos em busca do nosso próprio deleite em obediência à nossa ímpia vontade escravizada pelo pecado. Contudo, se estivermos unidos com Cristo, passaremos a comer, beber, e a fazer todas as demais coisas para a glória de Deus. Essa experiência fica clara quando Jesus explica que comer é ir a Ele, e beber é crer nEle (JOÃO 6:35). Só podemos ir a Ele e crer nEle se o Pai nos conceder tal graça (JOÃO 6: 29 e 44). Após nossa vivificação, nossa redenção subjetiva, passamos a crer como Paulo (não mais eu, mas Cristo em mim), por causa do Espírito Santo que em nós passa a habitar (I JOÃO 4:13).
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