"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de
nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e
cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te
enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a
vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que
vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)
Cristo
foi feito para nós, da parte de Deus, não apenas salvação, sabedoria e
santificação, mas também justiça (I Coríntios 1:30). Como disse Deus através do
profeta, o Seu nome é "O Senhor,
Nossa Justiça" (Jeremias 23:6).
A
atitude de qualquer ser humano que se descobre (pela revelação da Palavra e do
Espírito Santo) nu diante de Deus, sem as vestes da justiça de Cristo, deve ser
a mesma adotada pelo filho chamado pródigo, o qual, reconhecendo-se pecador e
indigno (despido de justiça própria), compareceu perante o pai (figura do
próprio Deus) na total dependência da justiça deste, de sorte que foi vestido
da melhor túnica, anel na mão e sandália nos pés, e passou a gozar de comunhão
íntima com o pai, bem como de todos os seus bens, pois foi recebido como filho
(Lucas 15: 21 e 22).
Para
que a vergonha da nudez do pecado seja desfeita, e não seja notória, precisamos
ser revestidos de Cristo: "Todos vós
sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus, pois todos vós que fostes
batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (Gálatas 3: 26 e 27);
"Antes, revesti-vos do Senhor Jesus
Cristo, e não tenhais cuidado da
carne em suas concupiscências" (Romanos 13:14); "Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é
que o ouvistes, e nele fostes ensinados, conforme é a verdade em Jesus, que,
quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito do vosso entendimento; e
vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e
santidade" (Efésios 4: 20 a 24). Para que isso ocorra, Deus nos
outorga, por graça, fé em nossa morte com Cristo para o pecado, para o
"eu", para a lei, para a carne, para o mundo, a fim de vivermos em
novidade de vida (a qual nos foi dada pela Sua ressurreição dentre os mortos -
I Pedro 1:3), não tendo mais as vestes sujas de nossa justiça própria para
apresentar, mas as vestes brancas da justiça de Cristo em nós imputada por Seu
Espírito, que além de nos cobrir, de nos revestir, de nos justificar, também
serve para nos adornar, para nos apresentar adequadamente nas bodas do Cordeiro:
"Regozijemo-nos, e exultemos, e
demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se
aprontou. Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, resplandecente e puro. O
linho fino são os atos de justiça dos santos" (Apocalipse 19:8).
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CONTINUA...