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segunda-feira, 22 de julho de 2013

POBREZA, NUDEZ E CEGUEIRA DA IGREJA DOS ÚLTIMOS TEMPOS - Parte 4


"Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta. Mas não sabes que és um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, para ungires os teus olhos, a fim de que vejas" (Apocalipse 3: 17 e 18)



            Muitos têm buscado a justiça Divina alicerçados no fundamento da justiça própria e têm fracasso no intento, a exemplo dos judeus contemporâneos do Apóstolo Paulo, que tinham zelo de Deus, mas não com entendimento: "Visto que não conheceram a justiça de Deus, e procuraram estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à que vem de Deus". Ademais, "o fim da lei é Cristo para justiça de todo o que crê" (Romanos 10: 3 e 4). O justo viverá da fé. Justo, na ótica de Deus, só quem crê. Sem a fé no verdadeiro Evangelho, que trata da abrangência e da suficiência do sacrifício de Cristo, não pode haver justificação do injusto e malsinado pecador. E essa fé (que vem pelo ouvir o Evangelho das boas novas de Cristo, a Palavra da salvação) tem sido pouco detectada nos arraiais ditos cristãos de nossos dias, dentre outras razões pelo desconhecimento da justiça de Deus em Cristo, pela ignorância desse Evangelho.
            Na igreja dos últimos tempos a situação não é muito diferente daquela observada por Paulo em relação aos judeus de sua época. Note-se que, embora não se possam cobrir com as suas obras (que trazem implícita a idéia de mérito e de justiça própria, ou de autojustificação), porque são obras de iniqüidade, muitos desses operadores de milagres, sinais e prodígios ainda insistirão na suficiência de seus feitos, de maneira que ouvirão no dia do Juízo: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade!" (Mateus 7:23). Suas atitudes até podem ser boas (sob o ponto de vista humano), mas são provenientes de pessoas más, que nessa condição só podem praticar o que é mal (iniqüidade) aos olhos de Deus, exatamente pela falta da justiça de Deus (eqüidade) neles. Vale dizer: buscam na prática uma justiça com base em si mesmos e em suas obras, não aquela justiça que decorre da suficiência de Cristo em nós; do Seu sacrifício compartilhado com o iníquo pecador; da sua vida, fé e amor gratuitamente outorgados ao condenado transgressor. A justificação do culpado, em termos espirituais, foi cabalmente conquistada por um só ato de justiça, a saber, a morte do Cordeiro de Deus, que nos atraiu a Si mesmo, a fim de que incluídos em Seu corpo fôssemos feitos justiça de Deus, perdendo a nossa justiça e a nossa própria vida em Sua morte, para ganharmos a justiça de Deus e a vida de Cristo na Sua ressurreição: "Pois se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Romanos 5:10); "Pois se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e o dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio juízo sobre todos os homens, para condenação, assim também, por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens, para justificação e vida" (Romanos 5: 17 e 18).
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CONTINUA...

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